sábado, 12 de dezembro de 2009

NÃO SEJA MAIS UM A FAZER PARTE DA TRISTE ESTATISTICA EM ACIDENTES DE TRÂNSITO

Trabalhando com o trânsito há alguns anos, desde quando ingressei na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tive a oportunidade de perceber que o Policial, não somente o Rodoviário, mas o militar e também o civil aprendem a conhecer, de perto, o “ser humano motorizado”, devido as ocorrências originadas no trânsito no dia-a-dia,
Eu já exercia a atividade de fiscalização de trânsito, nos meus primeiros anos de atividade profissional.
Já socorri muita gente ferida, já recolhi pedaços de corpos mutilados, já cobri com jornal pedestre atropelado e já tive que ligar para parente de vítima para dar uma má notícia (sem exagero e não exatamente nesta ordem).
Também autuei muito motorista infrator, já removi muito veículo irregular e já prendi muito criminoso. Cansei de ouvir desculpa de infrator de trânsito: “foi só um minutinho”, “juro que foi a primeira vez”, “eu não costumo fazer isso”, “já estou saindo” etc .
Desde que comecei a me dedicar à produção de conhecimento na área de trânsito, estudando, escrevendo e ensinando, já ouvi muito discurso inflamado, muita promessa de mudança e muita intenção boa, de gente igualmente boa. Muito se fala em educação, em engenharia e em fiscalização, como os pilares das soluções para a gestão do trânsito. Muito se cobra a atuação do Poder público e, com muito mais freqüência que se deveria, altera-se constantemente a legislação de trânsito, para buscar condições melhores de trânsito. E onde está a falha? O que nós, profissionais do trânsito, ainda temos que fazer para que nosso árduo trabalho não seja em vão?
Apesar de todo esse trabalho, ainda temos a infeliz dificuldade de melhorar os dados estatísticos. É preciso conscientização!
Cheguei à conclusão, com essa inquietação constante, de que, por mais sangue e suor que sejam derramados, nada vai mudar, enquanto o homem não perceber que conviver bem no trânsito não é apenas saber dirigir e cumprir as leis.
Ainda que a atuação do Poder público seja exemplar ao extremo, na gestão do trânsito,
persistirão os conflitos viários. Continuarão a existir infratores de trânsito e pessoas terão suas vidas interrompidas a cada dia no trânsito. E por quê?
Não se trata de ser pessimista em exagero, mas vejamos a problemática da forma mais clara que nos seja possível, por mais que eu perceba nos meus amigos de profissão a paixão fazendo erguer o véu da confiança e da credibilidade em nosso próprio trabalho, como se apenas o nosso ofício e dedicação fossem suficientes para resolver os problemas do trânsito.
Deixemos de lado, por um momento, o conceito técnico de trânsito, previsto no artigo 1º, §
1º, do Código de Trânsito Brasileiro e resumido em seu Anexo I: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. Do ponto de vista de fenômeno social, o que é o trânsito senão o palco onde as pessoas representam os mais diferentes papéis, convivem, travam a disputa por espaços, deslocam-se aos seus objetivos, administram os seus conflitos e põem à prova a sua (im)paciência e a sua (in)tolerância. Não quero me atrever a traçar um perfil psicológico ou sociológico deste fenômeno, já que não é minha área de formação acadêmica, mas conclui, pela experiência, que existem algumas verdades que impedem a melhoria do trânsito.
Enquanto não estivermos conscientes destes fatores, de nada adianta clamarmos pela melhoria do trânsito, pois não existe passe de mágica que remova totalmente os obstáculos pré-existentes e não resolvidos.

ACIDENTES X CINTO DE SEGURANÇA

Há 12 anos o Brasil presenciou uma verdadeira transformação cultural: o uso do cinto de segurança se tornou obrigatório. Mudanças desse tipo requerem tempo e, eventualmente, enfrentam resistências por parte da população. Quando a aceitação é consolidada, os resultados práticos começam a aparecer. Nesse caso, significou a preservação da integridade e, sobretudo, da vida de um grande número de pessoas. O cinto é indispensável para a garantia da segurança dos ocupantes de um automóvel. Ele impede que, em caso de colisão, o corpo seja jogado contra o volante, painel e pára-brisas ou até arremessado para fora do carro. A negligência quanto ao uso do cinto, têm potencial devastador. Sem o cinto, as chances de lesões em um acidente são quatro vezes maiores. Os órgãos de trânsito, apoiados na legislação, têm cumprido seu papel de fiscalizar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do dispositivo. Com base nisso, os condutores e passageiros dos assentos dianteiros, normalmente, respeitam a lei. Entretanto, é corrente a falta do uso do equipamento em pequenos percursos. E, apesar de inesperado, o índice de acidentes nessa situação é bastante alto. Outro dado preocupante refere-se às pessoas - adultos e crianças - transportadas no banco traseiro. Pouquíssimos usam o dispositivo quando trafegam nas rodovias. É menor ainda a quantidade que utilizam o cinto nos assentos traseiros nas vias municipais e em trajetos curtos. Como fator agravante, os acidentes tem sido maiores, afinal a quantidade de veículos em circulação é cada dia, maior. É importante salientar que a eficiência do cinto de segurança nos bancos dianteiros está diretamente relacionada com a utilização do cinto no banco traseiro, pois em caso de acidente os passageiros do banco traseiro são projetados para frente e, se não estiverem usando o cinto, geram danos aos ocupantes dos bancos dianteiros, comum nesses caso o traumatismo craniano em ambos. Entretanto, encontramos pessoas que afirmam que continuariam usando o cinto mesmo se ele não fosse mais obrigatório. Tal postura em 1997, ano de sanção da lei, era inimaginável. Ou seja: houve de fato uma conscientização da população sobre os benefícios do equipamento. No entanto, ainda não podemos comemorar, plenamente, os resultados já obtidos, pois a realidade ainda é cruel, muitas vidas perdidas em colisões por falta do cinto de segurança. Ainda temos muito a avançar. E esse avanço só ocorrerá com a consciência de que o uso irrestrito do cinto de segurança é, acima de tudo, uma demonstração de responsabilidade e respeito à vida.

INFRAÇÃO OU CRIME?

As Normas Gerais de circulação e conduta tipificadas no Código de Trânsito Brasileiro definem o comportamento correto dos usuários das vias terrestres, principalmente dos condutores de veículos. Apesar de serem procedimentos básicos, que todo condutor deveria saber praticar, os erros em manobras, extremamente freqüentes, são os responsáveis por grande parte das infrações e acidentes. Essas Normas são muito parecidas com as técnicas de Direção Defensiva. Isso ocorre porque ambas foram criadas tendo como objetivo a segurança no trânsito. Há, porém, uma grande diferença entre ambas. Ao desrespeitar uma norma de circulação e conduta, o condutor estará violando a legislação podendo ser penalizado administrativa, civil e / ou penalmente, cometendo infração ou crime, e ainda, sujeitando-se a multas, medidas administrativas e outras penalidades. Já, as técnicas de Direção Defensiva visam preparar o condutor para as situações de adversidades no trânsito, tendo seu foco voltado para a prevenção e educação no trânsito, reforçando e fortalecendo o que está tipificado nas normas gerais de circulação e conduta. Porém, a violação, somente, às técnicas da direção defensiva não resulta em aplicação de penalidade pela autoridade de trânsito, a menos que haja violação também a alguma norma tipificada como infração de trânsito. O que é importante ressalta é que, o condutor apesar de não se punido legalmente por não dirigir defensivamente ele será punido em todos os sentidos, legalmente, administrativamente, civilmente, penalmente, emocionalmente, moralmente.....etc.....Caso se envolva em acidentes. Lembre-se que a autuação por infrações de trânsito, além das penalidades já mencionadas anteriormente, contabiliza pontuação no prontuário da Carteira Nacional de Habilitação do condutor, e que quando atingir o somatório igual a 20 pontos será instaurado processo administrativo no Detran para suspensão do direito de dirigir que pode varia de 1 mês a 1 ano.

É MUITO IMPORTANTE A DIREÇÃO DEFENSIVA

As estatísticas demonstram que, a cada ano, são centenas de milhares as vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Dentre elas, aproximadamente 50 mil são vítimas fatais, das quais 30 mil morrem no local do acidente. São computados em dezenas de milhares também, os sobreviventes que se tornam inválidos. O impacto social causado pelas mortes no trânsito é muito intenso, pois a grande maioria das vítimas tem entre 18 e 35 anos e pertence à faixa economicamente mais produtiva e ativa da nossa sociedade. Quando analisamos as estatísticas envolvendo motos, os números são ainda mais impressionantes. As motos representam aproximadamente 7% da frota brasileira de veículos, mas estão envolvidas em 35% dos acidentes. Todos nós somos usuários diários do trânsito, seja como passageiros, pedestres ou condutores. Somos responsáveis pelo bem estar desse meio social. Porém, quanto à Segurança no Trânsito, sem dúvida a maior responsabilidade cabe aos condutores. Dirigir ou Pilotar defensivamente é evitar acidentes ou diminuir as conseqüências de um acidente inevitável, apesar dos erros, das condições adversas e da irresponsabilidade de outros condutores e pedestres. É necessário conhecer as Condições Adversas são fatores ou combinações de fatores que contribuem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo comprometer a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar os riscos e agir corretamente diante dessas situações, adotando os procedimentos adequados para cada uma. Os tipos de situações adversas são: Iluminação, tempo, vias, trânsito, veículo, cargas, passageiro e condutor. Todas as técnicas de Direção ou Pilotagem Defensiva foram elaboradas e desenvolvidas para evitar acidentes. Com a utilização destas técnicas, hoje podemos evitar acidentes que antes eram considerados inevitáveis. Mesmo os pilotos experientes e cuidadosos são expostos a situações perigosas. O piloto deverá estar treinado e qualificado para sair do perigo. É necessário ter habilidade para reagir rápida e corretamente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

CONFIRA ESTAS TRÊS IMPORTANTES DICAS DE MARCELO LESSA

FOTO: Drª Rejane e Marcelo Lessa-durante palestra no Patronato.
Você Sabia?... 1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.Passe para todo mundo, que este é um serviço da maior importância.

2. DIVULGUE. É IMPORTANTE: AUXÍLIO À LISTA:
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente sãoimportantes...
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇOVERDADEIRAMENTE GRATUITO.Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo.
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3. Importante: Documentos roubados - BO (boletim de ocorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como: Habilitação (R$ 42,97);Identidade (R$ 32,65);Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ habilitação Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP.Espero com isso mais uma vez ter colaborado.Um grande abraço, MARCELO LESSA.

MARCELO LESSA POLICIAL E AMIGO EXEMPLO DE VIDA

Por *Durval Goulart
Desenvolvendo suas atividades em rodovias federais, o Policial Rodoviário Federal conta com um importante fator para evitar o tédio em seu trabalho. Ele convive diariamente com pessoas distintas que vão desde o pacato motorista que apenas comete infrações de trânsito, até o criminoso de alta periculosidade, passando, é claro pelo motorista mal humorado.Vivendo num constante desafio.
Um bom exemplo dentro da carreira é dado pelo policial Marcelo Lessa 39 anos, pai de 3 filhos, desde 2004 servindo a instituição que já admirava antes mesmo de prestar o concurso público. “Mesmo trabalhando com um nível de stress um pouco elevado, o policial se sente gratificado, quando, no final de sua jornada, percebe que sua presença foi algo significativo, que ajudou a evitar algum acidente”, conta Lessa. “Melhor ainda é quando o usuário compreende que nossa missão não é somente no sentido de autuá-lo, mas em auxiliá-lo, seja orientando-o, socorrendo vítimas de acidentes, ou até mesmo trocando um pneu furado.”Se aprimorar cada vez mais e buscando novas técnicas é fundamental.Diz Lessa.
Trajetória de Um Guerreiro:
Marcelo Lessa, vem de familia humilde, nascido em Nova Iguaçu/RJ começando a trabalhar aos 10 anos de idade.Foi vendedor de picolé, ajudante de padeiro, ajudante de mêcanico, pintor de autos, motorista de van, caminhoneiro, reboquista e comerciante.Em 1998 ingressou na Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sendo o primeiro colocado de sua turma e foi homenageado pelo Comandante Geral da Policia Militar e pelo Secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.No ano 2000 criou o pré-vestibular gratuito no 15º BPM que além de atender os PMs atendia também a comunidade.Atuou ainda como instrutor e mentor do PROERD(Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência).No ano 2002 foi aprovado no concurso de papiloscopista da Policia Civil e também no vestibular da Universidade Federal do Rio de Janeiro para o curso de bacharel em direito.Em 2004 foi agraciado no concurso da policia rodoviária federal.Atuou ainda como Professor voluntário da Educafro(Pré-vestibular comunitário para negros e carentes).Atualmente nos quadros da PRF atuando nas funções de Gestor dos Comandos de Saúde nas Rodovias e Coordenador-Regional de Educação para o Trânsito no Estado do Rio de Janeiro.Lessa é Bacharel em direito pela UFRJ e ministra aulas de legislação de trãnsito em várias instituições é professor voluntário do instituto EDUCARTE e autor de várias obras dentre elas a última que é o "Código de Trânsito Brasileiro Sistematizado Para Concursos".Presidente de Honra de um Centro Social que leva o seu nome, Secretário Municipal de Trânsito na Prefeitura de Nova Iguaçu/RJ é ainda palestrante no que tange à segurança, Direitos e Garantias Individuais dos cidadãos, Dicas de Segurança para várias situações e Dúvidas sobre o Trânsito, em empresas, escolas e etc...recentemente assumiu o cargo de Chefe Substituto de Policiamento e Fiscalização no Estado do Rio de Janeiro.Assim destaca-se esse cidadão digno de exemplo a nossa sociedade.
Se tratando de um cargo público, muitos interessados em ser Policial Rodoviário Federal ainda desconhecem que a profissão exige um bom nível de coragem, afinal, como qualquer outra polícia, a Rodoviária também se depara com criminosos, e eventualmente, com troca de tiros. Por isso, é necessário tomar decisões importantes. “Trabalhamos em equipe, muitas vezes em dupla, e por vezes a vida de um depende da atitude e decisão do outro”, explica Lessa, que também aconselha o candidato a desenvolver o lado humano, pois a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não é uma instituição que utiliza a truculência para impor respeito. “Não há lugar na sociedade para esse tipo de policial”.
A Polícia Rodoviária é hoje um Departamento do Ministério da Justiça e conta com todos os poderes de polícia ostensiva, não faz parte de suas atribuições a função de polícia judiciária. Realiza patrulhamento ostensivo nas rodovias federais, visando a repressão ao crime, tráfico, contrabando e descaminho, fiscalização de trânsito, socorro à vítimas de acidentes, elaboração de boletins de ocorrência, orientação e auxílio aos usuários entre outras atividades.
GARRA, EQUILIBRIO E DETERMINAÇÃO
“Você precisa estar equilibrado, pois alguns usuários agridem o policial verbalmente, por vezes tentam fazê-lo fisicamente, por não entenderem o nosso papel”, ressalta o policial Lessa. ”O melhor nesse caso, é ter um amplo e atualizado conhecimento das leis que cercam o nosso trabalho e se identificar com a atividade policial”.
A experiência é considerada por Lessa a escola mais completa onde o policial pode se apoiar. “Ao ingressar na instituição, o policial realiza curso de formação, onde aprende táticas avançadas de abordagem e atendimento ao usuário, primeiros socorros, prática de tiro e demais atividades imprescindíveis ao desempenho da função, mas é o trabalho do dia a dia que o tornará um policial completo” ressalta.
Outra questão importante é que o novo policial evite o equívoco de pensar que o serviço público não exige reciclagem. Cursos de aperfeiçoamento de pessoal em todas as áreas de atuação da PRF estão inseridas na política administrativa do Departamento.
“Se o servidor quiser uma duradoura vida profissional, precisará ser competente e desempenhar sua atividade com carinho, cuidado e dedicação, afinal, a vida de muitas pessoas , inclusive do próprio policial, depende das atitude que temos que tomar todos os dias”, orienta Lessa.Sem dúvida um policial exemplar que além de amigo do povo é uma referência de boa conduta e respeito mutuo.
*Durval Goulart é Jornalista DRT 25253 - E-mail: durvalgoulart@uol.com.br