sábado, 12 de dezembro de 2009

ACIDENTES X CINTO DE SEGURANÇA

Há 12 anos o Brasil presenciou uma verdadeira transformação cultural: o uso do cinto de segurança se tornou obrigatório. Mudanças desse tipo requerem tempo e, eventualmente, enfrentam resistências por parte da população. Quando a aceitação é consolidada, os resultados práticos começam a aparecer. Nesse caso, significou a preservação da integridade e, sobretudo, da vida de um grande número de pessoas. O cinto é indispensável para a garantia da segurança dos ocupantes de um automóvel. Ele impede que, em caso de colisão, o corpo seja jogado contra o volante, painel e pára-brisas ou até arremessado para fora do carro. A negligência quanto ao uso do cinto, têm potencial devastador. Sem o cinto, as chances de lesões em um acidente são quatro vezes maiores. Os órgãos de trânsito, apoiados na legislação, têm cumprido seu papel de fiscalizar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do dispositivo. Com base nisso, os condutores e passageiros dos assentos dianteiros, normalmente, respeitam a lei. Entretanto, é corrente a falta do uso do equipamento em pequenos percursos. E, apesar de inesperado, o índice de acidentes nessa situação é bastante alto. Outro dado preocupante refere-se às pessoas - adultos e crianças - transportadas no banco traseiro. Pouquíssimos usam o dispositivo quando trafegam nas rodovias. É menor ainda a quantidade que utilizam o cinto nos assentos traseiros nas vias municipais e em trajetos curtos. Como fator agravante, os acidentes tem sido maiores, afinal a quantidade de veículos em circulação é cada dia, maior. É importante salientar que a eficiência do cinto de segurança nos bancos dianteiros está diretamente relacionada com a utilização do cinto no banco traseiro, pois em caso de acidente os passageiros do banco traseiro são projetados para frente e, se não estiverem usando o cinto, geram danos aos ocupantes dos bancos dianteiros, comum nesses caso o traumatismo craniano em ambos. Entretanto, encontramos pessoas que afirmam que continuariam usando o cinto mesmo se ele não fosse mais obrigatório. Tal postura em 1997, ano de sanção da lei, era inimaginável. Ou seja: houve de fato uma conscientização da população sobre os benefícios do equipamento. No entanto, ainda não podemos comemorar, plenamente, os resultados já obtidos, pois a realidade ainda é cruel, muitas vidas perdidas em colisões por falta do cinto de segurança. Ainda temos muito a avançar. E esse avanço só ocorrerá com a consciência de que o uso irrestrito do cinto de segurança é, acima de tudo, uma demonstração de responsabilidade e respeito à vida.

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